Vem, amigo...
cuida da tua criança,
deita comigo,
não deixa que nada me aconteça.
Dane-se o castigo,
me ajuda a ser inteira com o que me falta
na paz e no perigo
e a matar o que me mata.
É conhecimento antigo
que o homem é digno de dó...
Beija o universo no meu umbigo
e promete não me deixar só?
Perdoa se pelo que digo
parece que nunca vou crescer...
Quem dera fosse outro o inimigo
e as mortes não fossem por um viver...
Mas quando o desejo é antigo
não há outro jeito senão lutar
nem que seja por voz, colo e abrigo
se isso for tudo o que me sobrar...
18/08/2024