A que ponto eu cheguei... Fazer da minha solidão o amante perfeito, como se isso fosse me preencher. Como se não houvesse momentos em que provavelmente tudo o que ela quer é me destruir.
Deixar que ela me seduzisse e por um tempo ocupar boa parte dos meus pensamentos... Talvez seja mesmo loucura. Mas se a Solidão faz parte da vida de cada um, é tão ruim tornar-se rainha da sua própria, mesmo que ela minta usando a tua voz por vir de dentro de ti?
Jogar o jogo dela pode ser a chave de muito do controle da minha vida, especialmente no período que há de vir e no qual não gosto nem de pensar. Se eu for esperta o bastante, posso virar a mesa e fazer o que quiser com ela.
- trecho do meu diário
Letícia Bolzon Silva; graduada em Relações Internacionais pelo Centro Universitário UNINTER e Especialista em Tradução de Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Escritora de prosa e poesia, redatora e tradutora freelancer.
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Fibromialgia II
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